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segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

À moda da casa

Um dia dedicado à cultura e à cidadania. Este foi o resultado da festa de encerramento das atividades de 2009 do Instituto de Cidadania Padre Josimo Tavares (IPJ), que reuniu dezenas de pessoas, entre jovens e colaboradores, no último sábado, dia 19 de dezembro.

O sol também compareceu à reunião e garantiu um sábado de céu azul para a comunidade do Parque Rondon. Já pela manhã, era possível ouvir as batidas do rap ecoando pela rua em frente ao instituto, onde o grupo A Banca montou sua pick up e conduziu o som que animou a festa.

Em meio à performance musical, a parede central do instituto foi mudando de paisagem e revelou o trabalho talentoso de um grupo de grafiteiros e alunos, sob a coordenação do professor Rodrigo de Souza, o Gamão. A arte de rua, feita por várias mãos, encheu de vida os arredores do IPJ, com muita cor, expressão e criatividade.

Inédito no bairro, o evento de encerramento não foi apenas um momento de confraternização, mas também um espaço para o exercício da cidadania e da conscientização política, expresso nas letras de rap, no grafite e na mensagem de professores e alunos. “O grafite, por exemplo, é um meio de comunicação forte, de protesto. É uma forma de mostrar que a gente tem valor e sabe fazer arte, uma arte que vem da rua e demonstra a força da periferia”, explica Gamão.

Também os integrantes do grupo A Banca deixaram seu recado político-cultural para os jovens participantes do projeto. “Nós utilizamos o hip hop para politizar a meninada. É uma forma de fazer arte e também de conscientizar, despertar a busca de conhecimento”, afirma o MC e educador Alan Schark. “Esse tipo de iniciativa encoraja o jovem a perceber que ele não está sozinho e que tem valor. Também mostramos com essa oficina que DJ também pode ser uma profissão”, complementa Marcelo Silva Rocha, o DJ Bola.

Ao lado destes artistas da periferia com anos de estrada no movimento hip hop, alguns alunos do IPJ compartilharam seu conhecimento sobre a arte. Este foi o caso dos irmãos Erick, Jason, Erika e Wellington Teixeira, integrantes do grupo Expressão Periférica. Eles embalaram a platéia na tarde de sábado com composições próprias, ensaiadas sob a coordenação do professor de hip hop do instituto, Marcelo Alves Rodrigues. “O instituto me ajudou muito este ano, em várias coisas. Me ajudou, por exemplo, a desenvolver mais esse conhecimento do hip hop para chegar lá na frente e mostrar o meu trabalho. Foi só acreditar”, afirma Erick, 19 anos.

Ao final da festa, todos os alunos receberam o certificado de conclusão dos cursos oferecidos pelo IPJ. Também assistiram a uma apresentação de fotos, com os melhores momentos do instituto em 2009.

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